Família Abreu doa ao Município de Mêda Edifício Nobre do Centro Histórico

Família Abreu Doa ao Município de Mêda Edificio Nobre do Centro HistóricoUm gesto de elevado altruísmo e significado de amor à terraNum gesto de elevado altruísmo e significado de amor à terra, a família de João Albino Abreu, proprietário e antigo autarca de Mêda, doou à Câmara Municipal um edifício nobre do Centro Histórico desta cidade construído no final do século XIX princípios do século XX com o objectivo de aqui serem instalados serviços e funcionalidades ou valências culturais.

O imóvel está implantado no centro da cidade de Mêda, a pouca distância dos Paços do Concelho e foi doado em nome da família por José de Abreu Morais, bisneto de Francisco Manuel Abreu, que exerceu funções de Presidente da Câmara Municipal de Mêda em 1899, no reinado de D. Carlos.

No acto de doação que vai ser confirmado em cerimónia pública com a assinatura da respectiva escritura, José de Abreu Morais referiu que o objectivo que presidiu a esta decisão visa “converter o imóvel numa vertente cultural e que, futuramente, não seja deturpado o princípio da doação, nomeadamente o referente à Cultura”.

Afirmou ainda que esta casa, de grandes dimensões, chegou a funcionar no passado “ com o estabelecimento de comércios como a Farmácia e também de uma barbearia, como autêntico centro cívico medense” e que a doação tem “ um cunho simbológico e de contribuição da própria família para o desenvolvimento da Mêda”.

O presidente da Câmara Municipal de Mêda, João Mourato, afirmou por seu turno que a doação foi já aceite pelo executivo municipal que salientou “ o significado do gesto altruísta de José de Abreu Morais, doador, em prol da cultura e do desenvolvimento de Mêda”.

João Mourato disse ainda que o edifício vai ser requalificado e “ colocado ao serviço da população na área da Cultura e dos Serviços sem nunca ser alterado o objectivo efectivo que presidiu à doação”.

 

Pertenceu à família Abreu o jornalista João Albino Abreu Júnior, redactor principal do extinto jornal Luz da beira, que se publicou entre 1954 e 1974 na Mêda, uma das figuras proeminentes da cultura, jornalismo, poesia local e regional.